☆ Espasmos

 Consciente do que pode ser para mim, de toda sua intensidade e poder, que exerce sob meus sentidos, é única. Percorrendo por meu corpo, entre carinhos e caricias, corpo que ardente, remexe sinuosamente, contorcendo em cada carinho mais ousado, diante do olhar provocante, esperava por cada toque, desejava cada toque. Despida de qualquer pudor ou remorso, eu ouso entregar a você, de uma forma que não poderia ser com ninguém, porque quando toca meu coração, sou rendido, sou dominado em todos os caprichos, rendido sob todos os encantos, sob esse fascínio sedutor. 

É seduzida, diante de olhos atentos, que parece reconhecer cada expressão em meu rosto, ousar compreender meus murmúrios e sussurros, do querer expresso em cada caricia, que parece aprofundar além da pele, eriçando todo corpo, atiçando todos os sentidos, emoções e sensações que provoca meu lado mais despudorada, sou revelada, diante do olhar, onde ouso reconhecer meu reflexo, eu sou única no desejo dele, eu sou única diante do querer dele, expresso no encanto desse olhar, desse querer que incita todo meu corpo, alcançando o intimo de meu corpo, que fervilha, ansiosa e desejosamente. 

Sou atenta, ao detalhe, das mãos percorrendo meu corpo, delicada e ardentemente, provocando prazer, procurando por meu prazer, que faz presente em meus olhos, é minha presa, diante do meu desejo e minha vontade. 

É minha presa, aguardando pela morte, presente entre minhas pernas, onde ficara encarcerado sob meu domínio, rendido em mim, esperando para ser abatido, para saciar meus desejos, silenciar meu clamor, que provoca essa úmida ardência, essas contrações vibrantes e pulsantes que torna meu corpo um paraíso profano, onde meu desejo é revelado, e pode ser sentido e apreciado.Posso sentir a habilidosa língua, ânsia e sede de mim, que invade meu corpo, procurando em minha fonte, esse néctar lascivo, anseia por saborear e apreciar esse meu gosto, meus suspiros e gemidos podem ser ouvidos, ecoando e ressonando em todo corpo, evoluindo como uma onda magnética, atraindo minha presa para essa “pequena morte”, meu desejo e vontade, é provocado, sentindo meu corpo ser saboreado, apreciado nos detalhes, da textura ao cheiro, do gosto a temperatura, sinto os lábios sendo lambuzados pelo *mel que escorre ardente, e meu corpo inflama, consciente de que sirvo esse meu prazer, para aquele que escolhi ser minha presa, que faminto sacia toda sede, fartando em minha fonte dos desejos, fartando em meu cálice dos desejos, desejo lascivo e ardente, que emana de minha entranha, intima e secreta, reservada ao mais audacioso e ardente explorador.

Em meu olhar, ouso revelar essa intima mulher, oculta sob a imagem intangível, entregue ao desatino, excitada provoco, consumida sirvo aos desejos obscenos, extasiada redescubro no corpo de minha presa, meu lugar, atemporal aos meus desejos, a minha vontade de ser mulher, de ser fêmea no cio, provocante e audaciosa, lasciva e luxuria encarnada em cada fração de meu corpo e de minha alma. Mulher de profanos desejos, mulher de sagrados segredos, ocultos na imensidão do meu coração. Mulher que nunca será saciada completamente, desejando mais, do prazer, do desejo, da vontade, expresso em meu corpo, em espasmos, a presa que encarna meu Homem, dono de mim, a quem sirvo em êxtase, que possue essa ânsia de meu corpo, assim como anseio por seu corpo em meus desejos profanos. Homem que anseia ardorosamente, que anseia sedento pelo *mel, esse néctar que embriaga e entorpece todos os sentidos, causando ardor e fulgor, em um vigoroso e ardente encontro, e em seus lábios ouso ouvir palavras obscenas, que excita e provoca, e com anuência servil, tem esse prazer de servir esse homem, porque esse prazer faz dessa mulher plena.

☆ Damien Lockheart