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25 de abril de 2017

❄ Joker: Predadora

Predadora ¹
Entro no apartamento localizado no ponto central da cidade, um antigo imóvel abatido pelo tempo, revelando sua histórica sobrevivência diante do avanço imobiliario. Subo as escadas e ouço os murmúrios pelos corredores, como fosse assombrado por inúmeros fantasmas, deparo com uma jovem que depressa por mim, sem que perceba minha intenção, ou que possa mesmo imaginar a razão de estar naquele local naquele horário do dia. Atento aos detalhes do apartamento, um cenário conhecido por mim, uma pequena sala, e um quarto, para onde segurando minha mão sou conduzido por ela. Quando recebi a mensagem na noite anterior, estava sozinha, após embriagar em companhia de amigas do trabalho, queria que viesse na madrugada. Mas evitei, e hesitei ainda que a paixão e tesão gritasse dentro de mim. Sim! Resisti porque mais do que ninguém sabia que seria apenas para ocupar o lado vazio da cama mais uma vez, como em tantas outras madrugadas.
Esperei por tanto tempo ser valorizado e reconhecido, mas era a opção para a tristeza, e para o tesão quando não estava envolvida com ninguém. Bebíamos uma garrafa de vinho e transavamos por toda madrugada, mentindo um para o outro, sabendo que ao acordar, a realidade mais verdadeira era revelada após o banho e o café da manhã em silêncio. Era ingênuo, por acreditar e querer que fosse a mulher de mais do que uma noite, mas era apenas esse tipo de mulher que queria ser. Previsivelmente sou conduzido até a cama, e sou submetido à sua vontade e desejo, deita nua sobre mim, e começar a beijar e acariciar, tirando minha roupa lentamente, desfaz de mim, sorrindo maliciosamente, como quem sabe que poderia evitar, mas não resisto tanto tempo, e passível e excitado, observo você atentamente, a expressão em seu rosto e seu olhar mostra que a moça tímida não existe mais, existe sim, uma mulher exigente e segura, dessas que faz um cafajeste hesitar reconhecendo que você é uma "predadora".
Predadora
Começa a mostrar porque não tenho nenhum controle nessa situação, e faz com que sinta o aroma de sua pele arrepiada, quando começo acariciar e massagear os seios firmes, remexe sobre meus quadris, friccionando o sexo úmido e pulsante no falo febril, insinua em uma dança sensual e provocante, arranhando minhas costas e enlaçando meu pescoço com os braços, como quisesse encaixar seu corpo em mim para sempre. Mas com você nada é para sempre. Nunca foi.
Lembro da primeira vez, desfilando para mim, vestida em uma lingerie de renda, fiquei excitado apenas pela proximidade de sua boca junto de meus lábios, e descobri naquela noite o que poderia esperar de uma mulher como você.
Diante de mim, começou a acariciar o sexo, introduzindo dois dedos, podia perceber e sentir que estava úmida e ardente, e antes de qualquer uma naquela noite sabia o que eu queria, e sabia o que queria dar para mim. Excitada, começou a masturbar diante de mim, aproximando o sexo de meus lábios como quisesse sentir minha língua e boca encaixada entre suas coxas grossas, deixando cada vez mais alucinado, sentindo vontade de agarrar você, sem poder, porque conforme mesmo você impunha, era do seu jeito ou de jeito nenhum. Nunca soube a verdade, talvez fosse porque até algum tempo, sempre estivesse submetida ao desejo do outro, e agora, segura e decidida, mais fêmea e mulher, fazia do seu jeito.
Você saliva, e suavemente desliza o rosto e lábios sobre meu corpo, do pescoço até a virilha, fazendo meu corpo arrepiar, olha para mim, aprovando minha situação, sinto os mamilos intumescidos roçar em minha pele causando uma sensação provocante, e acaricia todo músculo que lateja febril. Sorri maliciosamente porque sente que é por você, desde que enviou a mensagem na noite anterior. Poderia mesmo ir para o inferno apenas para estar com você agora. E você bem sabe disso, impossível que não saiba e sinta. E persiste na provocação, roça o sexo úmido no músculo, e sinto seu corpo estremecer, sua pele arrepia instintivamente, e começa a roçar lenta e suavemente, cobrindo todo falo com essa umidade quente, sinto o cheiro de fêmea, geme de olhos fechados, parecendo implodir, para explodir em seguida, em um gozo ruidoso e devasso. Nunca poderia desejar e querer uma outra companhia de mulher como você, é perfeita, nos detalhes. Estar em sua companhia nunca fez tanto sentido. Goza com vontade, umedece meu púbis com seu orgasmo. E olha para mim, de um jeito ainda mais ousado e safado, sorri maliciosamente. Encaixa o sexo úmido em meus lábios, e remexe e rebola sinuosamente, esfregando em minha lingua, enquanto aperto suas nádegas, e tento mordiscar e sugar a vulva inchada.
Fico subjugado entre suas coxas, com seu sexo unido em minha boca, e sinto seu gozo novamente, um orgasmo sentido, como a alma e coração, seguido de uma gargalhada que ecoa pelo ambiente, talvez por todo edificio naquele momento. Coloca dois dedos em meus lábios, em minha boca, e roça o sexo umedecido em meu corpo, e senta com força sobre o músculo, com aquele brilho nos olhos, de quem faz o que quer.
Sussurra em meu ouvido, rebolando e cavalgando, com fúria, como quisesse castigar por não ter atendido sua mensagem, cavalga indecente e furiosamente, fazendo sentir a pressão do sexo sobre toda envergadura, e começa a ritmar os movimentos, prolongando meu gozo, antecipando o gozo para em alguns momentos e segura meus pulsos sobre minha cabeça, sussurrando em meu ouvido, murmurando em meu ouvido, cavalga indecente extravasando todo tesão que sente, enlouquecida, retoma a cavalgada furiosa, agora cobrindo todo músculo com um gozo furioso, intencional e quente. Foi um gozo artistico e emocional, e ela era uma artista do sexo e do prazer. Levanta e olha para mim, de um jeito indecente, imoral e sobrenatural, como houvesse sido possuída por outra mulher. Sai do quarto sem pena, e volta, servida de uma taça de vinho, sem tomar banho, apanha minhas roupas espalhadas pelo quarto e joga para mim sobre a cama, fico sem entender.
Tento, juro. Mas compreendo que não posso argumentar, e começo a vestir a roupa diante dela, que passivamente, apenas compondo cenário, ou quem sabe mesmo, estivesse compondo cenário daquela manhã, para os olhos dela. Olho para o rosto dela, inexpressivo, um olhar distante, como estivesse querendo ver além do horizonte dos edificios acinzentados diante de seus olhos. Saio, sem o gozo, banho, sem mesmo entender, mas sabendo e sentindo que talvez fosse a última vez que iriamos encontrar, talvez porque depois da negativa da mensagem da noite anterior, todo prazer de estar juntos havia terminado. Desci pelas escadas, e ao sair, ainda olhei para a fachada do edíficio, em seguida para o aparelho celular, ainda era cedo, mas quem sabe na próxima noite, receberia uma mensagem dela, ou talvez não, e tivesse mesmo que ir embora para sempre da vida dela.


❄ Joker

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