Acordo, e caminho silenciosamente pelo ambiente. Saio do quarto, e
vou em direção a ante sala do quarto do hotel, deparo com a geladeira, há o
jantar que dispensamos momentos antes, quando minha fome era dela. Apanho uma
garrafa de água, sinto sede, assim como senti ao ouvir a voz dela em meu
ouvido, e ansiosamente, empurrou meu corpo sobre a cama, enlaçando meu pescoço
com aquelas coxas grossas. Delira quando minha boca encontra o sexo úmido, geme
alto, contorcendo sobre a cama, onde agora repousa nua, adormecida.
Lembro do ultimo suspiro dela, acompanhado do gemido mais
sobrenatural que ouvi nos lábios de uma mulher. Aquele gemido poderia assustar,
mas apenas excitou mais, fez com que desfizesse o laço formado por suas pernas,
e ocupasse o espaço entre aqueles braços, e que abraço mais poderoso, um abraço
que fez com que sentisse que poderia fazer o que quisesse naquele momento. E
queria, e poderia, mas apenas fiquei a observar o sorriso estampado nos lábios
dela e sentir o arfar ofegante de sua respiração. Foi ajeitando sob meu corpo,
remexendo sinuosamente, enlaçando meu corpo com mãos, braços e pernas, e de
repente me serve o banquete principal, dispensamos o jantar, e vamos ao prato
principal, que vou comendo pelas beiradas, apreciando os detalhes, aromas e
gostos distintos, sinto o aroma do hálito e da pele dela, sinto o gosto do
beijo, da saliva, da língua, da pele, que mistura ao gosto do prazer dela ainda
sentido em minha boca.
Ouço um murmúrio, e fico quieto, mas ainda não quero voltar para
cama, satisfaço minha fome beliscando a carne no prato guardado na geladeira,
uma carne fria, que faz com que lembre do calor da carne dela, aquela carne
tenra e suculenta que apreciei mordendo e mastigando lentamente, ouvindo os
gemidos dela, ouvindo os murmúrios ecoar por todo ambiente, e a suplica
ofegante para que não parasse sequer por um segundo. Passo pela cama, e observo
a silhueta sob o lençol, às longas pernas formando um desejo sinuoso, que
remete ao alto relevo das grandes obras de arte históricas.
Entro no banheiro, abro o chuveiro e começo meu banho, sinto a
água morna aliviar o calor, não aquele sob a pele, porque ao lembrar da bunda
dela arrebitada de bruços sobre a cama, fico excitado, chego a sentir aquela
bunda roçando em meu púbis, e segurando minha mão conduz para os seios que
aperto, acaricio e afago, ouvindo os murmúrios dela, a provocação que parece
querer testar minha resistência, e não resisto.
Não dá para resistir a malicia com que faz com que queira comer
todo aquele corpo, degustar como em um banquete, apropriadamente preparado para
um convidado especial. Havia programado todo fim de semana, uma volta pela
cidade, um almoço, um jantar, um café da manhã com pão de queijo e cappuccino,
um bom vinho acompanhado de uma trilha sonora, mas porque não ficar na cama,
entre os lençóis, e sobre o corpo dela, sob as entranhas ardentes dela, que faz
todo meu corpo estremecer em espasmos sucessivos.
Após o banho, olho pela fresta da porta entreaberta, e a cama está
vazia, e vejo apenas uma silhueta nua, debruçada na janela, quem poderia
imaginar que debaixo daquele lençol há uma bunda roliça e polpuda, que apreciei
espalmar seguidas vezes, ouvindo os gemidos agudos ecoando pelo ambiente. Fico
parcialmente excitado ao olhar para aquelas pernas robustas, aquelas coxas
roliças e os contornos dos quadris, e posso mesmo imaginar que nenhum homem
resistiria ao prazer mais fantástico de apreciar aquelas formas sinuosas. Faço
a barba diante do espelho, enrolado na toalha, e ao sair do banheiro, a nudez
foi coberta pela minha camisa, posso ver o formato dos seios, e fico excitado,
e observo ajeitar os cabelos com um gesto que parece hipnotizar, ela sabe que
exerce sobre mim esse encanto, mesmo um fascínio, algo sobrenatural e sobre
humano, porque consigo ver aqueles olhos em meio à multidão, aquele olhar
brilhante e iluminado.
E quando sorri, não resisto. E quando gargalha, não
consigo deixar de rir junto. Ajeito a toalha, e caminha em minha direção, e sem
que possa reagir, sou conduzido para a ante sala, a mesa do café é onde sou
servido com prazer. Chego a ouvir o ruído dos passos no corredor, antes de
ouvir gemido alto dela, e vigorosamente aproximo, e tudo recomeça, não tira
minha camisa, que encobre aquele conteúdo todo, talvez para que nenhum olhar
indiscreto não veja seu cavalgar indecente, ou acompanhe o ritmo com que remexe
e rebola, arranhando meu rosto com as unhas cobertas de vermelho. Deliro,
quando sussurra em meu ouvido, quando remexe sinuosamente e cavalga
fervorosamente, como quisesse chegar a seu destino antes que aquela manhã
tivesse fim.
Fico convencido que não iria resistir mesmo que quisesse, quando
encobre meus quadris sobre seu quadris, e enlaça entre as coxas grossas, e
rebola e remexe insinuante e provocantemente, em um cavalgar que mereceria
elogios pelo capricho e desenvoltura. Convulsiona, geme alto, e seguro firme,
em suas coxas, sentindo todo seu corpo arrepiar e estremecer. Se não fosse pela
performance, aqueles traços de menina poderia iludir o mais atento dos olhares.
E quem poderia mesmo imaginar, que aquele corpo esguio pudesse conter tanta
luxuria e volúpia.
Na cadeira, me rendo ao que ela possui de mais intenso e
voluptuoso, e não resisto, apenas sinto todo prazer dela transcorrer da pele
dela para mim. Volto para o banho, agora acompanhado dela, que sorri diante do
espelho, e ao observar mais atentamente, fico surpreso, ao perceber que sou um
felizardo, que aos meus dedos tocarem seu corpo, com algumas carícias e
carinhos mais ousados, e como em uma cena cinematográfica vou redescobrindo o
corpo dela, através do toque, do cheiro e do gosto. E fico rendido aos apelos
mundanos, cobiça, luxuria, gula e volúpia, ouvindo os gemidos dela que parecem
música, uma melodia profana que ecoa em meu ouvido, e mesmo sendo uma boa
pessoa, rendo ao pecado de possuir aquele corpo, agora sob o ruído da água
morna, e mesmo na rua sob a chuva, seria impossível resistir, ela me chama,
olha pelo espelho e provoca, debruça na bancada de mármore, e posso sentir seu
corpo contrair em cada estocada, em cada movimento que faço, querendo que a
pele dela funda na minha até que sejamos consumidos pelo mesmo prazer. Excito
ao ouvir de seus lábios, murmúrios que nunca ouviria de nenhuma “puta”, porque
para ouvir uma sinfonia como aquela é preciso que a mulher esteja inteira com
você. É quando a mulher se liberta de vez de qualquer pudor, e se rende ao
desejo mais vil e obsceno. Ela me chama, pelo nome, e de outros pronomes
sugestivos, e transtornado, me apaixono pelo que sinto e vejo, quando agarro em
seus cabelos, e murmuro em seu ouvido, quando acaricio e aperto os seios, e com
vontade fodo seu corpo, sentindo que nunca seria do mesmo jeito com ninguém.
Voltamos para cama, e descubro que mais do que falar, sabe o que
faz com a boca, o que faz comigo, me deixa louco. Como poderia mesmo resistir
aquele sorriso malicioso, e aquela língua ardorosa, aqueles lábios voluptuosos
que grudam em minha pele como um animal sedento, querendo satisfazer sua sede,
sinto a boca dela salivar, assim como o sexo umedecer na ponta de minha língua.
E mesmo que me contenha, não consigo resistir, não consigo agüentar seu olhar
malicioso que em pouco lembra, aquela menina que surgiu na porta do quarto,
tímida e silenciosa. E o que viera mostrar é que a vida era para ser apreciada,
para ser sentida e não fazer sentido, e havia um sentido único em sua
companhia, o prazer, aquela sensação que transbordava no sorriso, no olhar, no
jeito de caminhar nua diante de meus olhos, no carinho ou carícia mais
provocante que fazia com a ponta dos dedos em meus lábios, como quisesse
indicar, que assim como no ditado popular, iria ser fisgado pela boca. E que
beijo, que boca, parecia haver sido brindado com algo divino, ainda que
profanamente provocante.
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Em nada lembra, aquele jeito mineiro e desconfiado, quando olha
para mim, de um jeito ousado e safado, de quem gosta de surpreender e mostrar
que posso estar enganado, de que vou estar enganado com minha primeira
impressão. Ela me olha pelo espelho, como quem faz um apelo em concessão de que
posso fazer o que quiser, de que posso querer o que quiser, e ela obedecerá,
irá satisfazer meus desejos e todos os desejos dela. Sim, ela me arranca o
suspiro mais arfante e ofegante, o gemido mais profundo, como quem quisesse
descobrir que sou mais feito de alma e coração do que de carne. Carne humana da
qual me sirvo, e me lambuzo no suor, nas lágrimas e no gozo que escorre de
nossos corpos unidos em sincronia, na simetria que parece manter a pele
arrepiada e o desejo atiçado.
Ela me faz compreender que há muito para pouco para ser
compreendido e muito para ser vivido, e me rende, me domina, esfrega sua pele
em minha boca e meu corpo, se mostra desnuda, e se revela nua, e ainda que seja
noite ou dia, mostra para mim, que naquele fim de semana, poderia ser qualquer
uma, mas sussurra em meu ouvido, em uma languida e provocante confissão, não
assuste, porque diferente do que possa imaginar ou sonhar como seria, sou
inteira e sua. É impossível, resistir e sorrio, porque mesmo que seja apenas um
sonho, que é realizado, ouço esse murmúrio e acredito de coração.
♠ Joker
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