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23 de outubro de 2015

♡ Joker: Profana Tentação

Padre, perdoe-me por meus pecados. Perdoe-me pelo desejo que sinto. Perdoe-me pelo desejo de tocar o corpo dela. Perdoe-me pelo desejo de sentir o cheiro da pele dela. Perdoe-me pelo desejo de sentir o gosto dela. Perdoe-me pelo desejo de sentir o calor da pele dela. Perdoe-me padre, porque o pecado consome-me. Padre, perdoe-me por meus pecados, mas desde aquela noite em que não consegui ver nada além de sombras, esse desejo atormenta minha alma, coração e corpo, e me sinto atraído para dentro daquele abismo.
Lembro de nunca haver sentido nada parecido por ninguém, e naquele momento, senti como houvesse encontrado uma outra parte de mim. Senti que nunca seria nada sem a presença dela, seríamos como a luz e a escuridão que se completam em simetria. Desejei beijar aqueles lábios, e senti que minha pureza e inocência nunca poderia ser nada sem a indecência e malícia dela.
Desejei beijar aqueles lábios, e provar o gosto, descobrir a textura da pele dela em carinhos e carícias, desvendar os segredos e mistérios dela. Padre, perdoe-me por pecar contra a castidade dela, ao desejar tocar todo corpo dela. Ao imaginar desnudar aquele corpo e ficar deslumbrado com a beleza simetrica dela. Perdoe-me, por pecar contra a inocência dela, ao desejar possuir aquele corpo, sem que entre nós, não houvesse um passado e nenhum futuro.  Perdoe-me porque quis tocar o corpo dela, sentindo o desejo ascender em mim, um desejo que inflamou meus instintos, e todo medo, todo pudor, toda razão, deixaram de significar alguma coisa, a possuir algum significado lógico.
Perdoe-me por imaginar a maciez da pele dela, o aroma adocicado e o calor efervescente fluindo sob a pele dela, que fazia com que quisesse me perder em sua silhueta, naquelas curvas perfeitas que cabiam em minhas mãos, que mereciam meus carinhos e caricias, todo meu capricho e habilidade. Perdoe-me, por desejar, por querer, por imaginar que mais do que atrito entre corpos, haveria o encontro de almas perdidas, que nosso encontro seria a união perfeita de duas almas perdidas, separadas pelo tempo e pelo espaço. 
Padre, perdoe-me por pecar, por meu desejo indecente e crescente, fazer com que imagine a silhueta dela surgindo sob a luz do dia após uma noite de luxuria e volúpia, em que nossos corpos unidos descobrem desejos e vontades que desejamos satisfazer. Perdoe-me por imaginar, aquele corpo desnudo e suado, a encontrar em mim, desejos e vontades que nunca senti por ninguém, e por encontrar e descobrir na pele dela o paraíso na terra, um lugar onde o profano e o sagrado são unidos para um todo bem. 
E que bem maior posso imaginar do que o brilho dos olhos dela, além daquela escuridão que faz com que me sinta atraído, e minha satisfação ao me encontrar refletido na imensidão daquele olhar.
Padre, perdoe-me por pecar, contra a castidade dela, ao desejar possuir aquele corpo, de anjo encarnado pela mais ardilosa e sedenta de presença de um sucubus. 
Padre, perdoe-me por pecar em sonhos e pensamentos, por meus desejos profanos, mas não arrependo.
Não poderia arrepender por esse pecado, que sinto seja especial. Porque esse pecado iria me levar ao paraíso, ainda que seja em tentação, caindo na tentação de estar e ficar com aquela menina, porque sinto, de uma forma estranha e inexplicável, que a luz que brilha no olhar dela, combina perfeitamente com a escuridão que existe em minha alma e coração.




♡ Joker 

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